Começo por advertir os fiéis leitores deste Blog que o post de hoje fala de um tópico que muitos rejeitam, outros questionam ou ignoram, mas que muitos também amam e crêem.
Hoje apetece-me partilhar a minha Caminhada com Ele.
Capítulo I - O BaptismoO Baptismo, salvo raras excepções …

… é um momento que não escolhemos. Os pais escolhem por nós.
O meu Baptismo foi dramático. Tive muita sorte com os Padrinhos mas conta quem lá esteve que apaguei a vela com os dedos! Ui!
A Lição Disfarçada de Deus: Não se brinca com o fogo!
Capítulo II – ‘Ó mãe.. como é que se reza?’Lá fui crescendo e talvez porque na família não houvesse tradição católica mantive-me distante da Igreja.
Lembro-me porém que durante a escola primária quis aprender a rezar e um dia perguntei à minha mãe como é que isso se fazia!
Não sei de onde me veio esta ideia, mas achei que rezar devia ser uma coisa mesmo importante.
A minha mãe (Um dos maiores tesouros que Deus me deu) não sabia a resposta, mas como é uma pessoa linda e tolerante, apesar de não ter fé na igreja católica, arranjou-me um livrinho que se chamava ‘Dia Santificado’.
Li o pequeno livro e fiquei muito baralhada. Não segui nada do que estava lá escrito e optei por falar com Deus como se de um amigo de tratasse.
A Lição Disfarçada de Deus: Não se aprende a rezar, basta Sentir.
Capítulo III – De costas voltadas!Aos 11 anos zanguei-me com Ele.
Não percebi porque me acordou numa madrugada apenas para me levar duas pessoas tão queridas.
Aos 14 de novo dor de perder alguém amado de forma tão abrupta.
Nessa altura pensei:
‘E ainda há quem acredite em Nele?’
A Lição Disfarçada de Deus: Há um sentido, ainda que não o consigas ver.
Capítulo IV – Quando se vê a Morte perto a quem se Apela? Deus!Aos 16 anos falei com Ele directamente quando Lhe pedi por tudo que não me deixasse morrer no topo de um vulcão em Cabo Verde (longa história!).
Generoso Ele atendeu a este pedido e, naquilo que foi um verdadeiro milagre, regressei a casa sã e salva.
A Lição bem explícita de Deus: Os Milagres acontecem!
Capítulo V – Deus como AmuletoAos 17 anos, num momento de desespero ‘estudantil’ pedi-Lhe que me ajudasse a ter boa nota no teste de métodos quantitativos. Tive 7,5 numa escala de 0 a 20 e fiquei obviamente desiludida!
A Lição Disfarçada de Deus: Deus dá-te a cana mas espera que sejas tu a pescar!

Ainda aos 17 pedi-Lhe por tudo que recebesse a minha avó linda de braços abertos.
A Lição Disfarçada de Deus: A agenda de Deus é muito ocupada! Volta e meia chama a Si Anjos para O poderem auxiliar..
Capítulo VI – Deus Sim. Igreja Não.Aos 19 fui a Fátima a 1ª vez. Não me lembro o porquê mas recordo que estava doente. Percorri o Santuário com 39 graus de febre e assisti perplexa à caminhada de alguns peregrinos que consagravam na dor física a sua entrega a Deus. Não entendi este fenómeno e apesar de sentir o Apelo por Ele, achei que a Igreja não era um lugar para mim se consentia tamanhas atrocidades. Chocou-me também a comercialização do divino.
A vida seguiu com Deus presente mas mantive-me longe da Igreja.
A Lição Disfarçada de Deus: Deus não está confinado entre quatro paredes. Irás encontrá-Lo sempre e onde quiseres.
Capítulo VII – Padre Carlos (Grande Mestre!)No Silêncio de um Terraço em Sintra, Ele meteu-se comigo à séria!
Foi em Junho de 2009 que conheci o Padre Jesuíta que alterou a minha perspectiva de Ver e Sentir Deus. Encontrei-me com a palavra Autenticidade e percebi que Deus tinha vindo a colocar no meu caminho diversos obstáculos que nem sempre entendi como sendo desafios e oportunidades para crescer e amadurecer na Fé e na Alma.
A Lição bem explícita de Deus: Autenticidade.
Capítulo VIII – Conversas com DeusCatólicos, ateus, agnósticos, protestantes, Judeus, Muçulmanos, Budistas, Hinduistas, todos deviam ler a mensagem deste livro. Simplesmente sublime! E finalmente todas as peças do puzzle fazem sentido.
A Lição Disfarçada de Deus: Quando o aluno está preparado, o Mestre aparece
Capítulo IX – A Preparação da Primeira Comunhão/CrismaDesta caminhada cresceu certeza que tenho Deus como guardião e amigo e hoje afirmo sem hesitar que senti-Lo é um grande privilégio.
Ao contrário do que eu jamais imaginaria, hoje entro numa Igreja sem sentir que é um frete.
A Lição Disfarçada de Deus: Nunca digas desta água não beberei!

Hoje oiço uma Missa com o mesmo interesse que leio um livro cujas palavras me inspiram.
Hoje vejo a Missa como uma celebração, uma partilha, uma recordação daquela que foi a Última Ceia.
Por não ter a Primeira Comunhão apenas me posso sentar à mesa mas não compartilhar a refeição que nos nutre a Alma que se enche do Divino.
Nesta minha caminhada desde o dia em que apaguei a vela com os dedos, chegou o dia em que começo a preparação da decisão consciente que tomei: Fazer o Crisma e concretizar um ritual que tornará sagrada a Alegria que sinto na Presença Dele.
(5.Dezembro.2010)