No passado, oferecem-te um dia de chuva quando brilhava o Sol.
Por momentos, as coisas deixam de fazer grande sentido, mas o tempo passa e o Sol volta a brilhar, isto porque "Se conseguirmos entender que somos o céu e não as nuvens, estaremos sempre na mais completa paz".
Dizem que quando o corpo está adormecido, existe um Eu que nos sussurra ao ouvido…
Ouvem-se murmúrios sem nexo que comentam o porquê daquele dia de chuva.
Ao que parece, naquela altura o que se queria, era não querer nada daquilo que se queria.
Diz-se que para algumas pessoas o sofrimento parece ser daqueles medos que cativa, algo que incomoda, mas que intimamente ansiamos continuar a sentir. E assim, é fácil alguém sentir-se prisioneiro da afeição: uma afeição espontânea, franca, sem cobranças.
O medo envolvido em segurança, o desejo aconchegado em partilha e intimidade, o sentir que afinal há coisas podem fazer sentido, isso deve meter muito medo a essas pessoas. E assim, num único instante, se cobre o Sol e se encomenda a chuva.
Porém, ainda há tempo para instantes onde no meio da chuva se sente o calor do Sol.
Recomeços? Não.
Momentos? Sim, talvez porque o medo e a verdade coexistissem num misto confuso mas onde se sentia a segurança no colo do outro.
Dá-se absolutamente tudo o que há para dar, apesar das palavras que ficam por dizer.
O Sol segue brilhando, excepto com o que nasce depois.
Estranhamente, de corpo adormecido, pedem-te um guarda-chuva, um abrigo, um tecto. Porquê a ti se já lá não estás?
Tens os pés assentes no chão, mas insistem em que não tires os olhos do céu.
Será que daquele lado está a chover?
PS: Sim, o post é vago, mas não serão também os blogs um espelho do intrínseco enigma do Ser?
4 comentários:
Caramba :| O video é lindo... a letra é linda... E só me fica a frase... "There will be an answer, let it be."
There will be flowers forever my friend, thanks to you! :-)
Sim ... haverá respostas e jardins floridos! :)
Divaga, navega nas ondas do teu ser e exporta as ideias, as vontades, as palavras...
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