Dedicada aos soberanos das leis para quem as crianças tantas vezes não são mais do que números de processos e um monte de folhas empilhadas na secretária.
Pena não terem que serem eles que, olhando nos olhos das minhas crianças, lhes tenham que dizer que, só porque é Natal, devem regressar às famílias que todo o ano as ignoram, humilham, maltratam e abusam.
"Uma cadeira é uma cadeira Mesmo quando não há ninguém sentado nela Mas uma cadeira não é uma casa E uma casa não é um lar Quando não há ninguém lá para te dar um abraço apertado, E ninguém lá a quem possas dar um beijo boa noite.
A sala é ainda uma sala Mesmo quando lá não há nada, mas há sombras; Mas uma sala não é uma casa, E uma casa não é um lar Quando dois de nós estão afastados E um de nós tem um coração despedaçado.
Agora e depois eu chamo o teu nome E de repente o teu rosto aparece Mas é apenas um jogo louco Quando ele termina, ele termina em lágrimas.
Há um coração, Não deixes que um erro nos mantenha separados. Eu não nasci para viver sozinho. Torna esta casa num lar. Quando eu subir as escadas e rodar a chave, Por favor, está lá… ainda apaixonado por mim."
Hoje, numa história que me contaram, descobri parte da essência do meu trabalho.
«O nascimento de um rio não acontece quando a água brota do solo e segue pela superfície da terra. Antes disso, uma sequência de fatos desencadearam e influenciaram esse processo.
Por trás do nascimento de um rio existe uma história.
Primeiro, Olorum através do Sol, aquece a água dos lagos e oceanos. Oxumarê com seu arco-íris, leva a água em forma de vapor para as nuvens que ficam carregadas. Xangô anuncia com o seu trovão, que Iansã está a juntar às nuvens com o vento mágico que surge quando ela balança as suas saias.
Quando as nuvens estão pesadas, Xangô avisa a Odudúa que prepare seu ventre, pois a chuva irá cair. Ossãe pendura as suas cabaças em Iroko para conter o líquido maravilhoso da vida.
O momento sublime acontece. Numa sintonia perfeita, a chuva cai, trazendo consigo toda força do céu e alimentando toda a terra. Odudúa absorve todo o líquido e cria um enorme lago no interior da terra, o seu ventre.
Quando a água acumulada se enche de força mineral, Odudúa abre o seu ventre e dá vida à majestosa Oxum, que brotará do solo e deslizará sobre o seu leito levando vida por toda a superfície da terra.
Mais à frente a água irá acumular-se de novo e tudo começará; mais uma vez.»
«A qualquer hora que chegares, sentar-te-ás à minha mesa. A qualquer hora que bateres à minha porta, esta se abrirá. A qualquer hora que vieres, será o melhor tempo para te receber. A qualquer hora em que chegares, eu estenderei os braços.
Há amizades assim; de todos os instantes, e para todo o bem.»
Criativas, inesperadas, saudáveis, frescas e doces! Este não é um Blog de culinária mas é um Blog também de partilhas. Aqui ficam os pitéus da noite..
Tenho uma nova seguidora do Blog que hoje, após ter lido alguns dos meus posts antigos, me aconselhava a eliminar alguns deles. ‘São demasiado sombrios e tristes e já não têm nada a ver contigo’.
Penso que de forma assertiva consegui explicar que a minha aventura pelo mundo das emoções e de experimentação da dualidade, quer tenha sido amarga ou doce, não deixará nunca de ser a minha história.
Apagar fosse o que fosse seria como retalhar notas musicais de uma partitura. E esta é uma melodia que quero ouvir inteira.