Os meus meninos e meninas não param de me surpreender.
Hoje foi a vez de um menino de 11 anos a quem vou chamar Principezinho pois, por várias razões, ele faz-me lembrar a personagem do livro …
Já estive com ele mais vezes e sempre me conseguiu comover pela forma como se exprime..
Num atendimento recente, e para me explicar como se sente no meio de uma guerra de pais que após um divórcio amargo não se entendem, explicava ele:
‘Imagina uma batata frita daquelas que estão na frigideira há muito tempo. Já foi frita tantas vezes que absorveu o óleo todo. Já não consegue absorver mais..
Então começa a destilar esse próprio óleo de tão saturada que está.
É assim que eu me sinto..’
Como podem os adultos ser tão egoístas que nas suas guerras mesquinhas transformem os filhos em objectos, armas de arremesso e façam deles danos colaterais de uma guerra que nunca dará quaisquer frutos?
Custa-me aceitar e é por estas e por outras que olho para a maternidade de forma muito, mesmo muito séria.
No atendimento de hoje o Principezinho superou tudo quando me disse:
‘Sabes, tenho uma grande amiga.. Queres saber como se chama?
Eu:
Claro...!
Principezinho:
Consciência.
Converso muito com ela mas às vezes fico numa luta entre a razão e o coração.
Perguntei-lhe eu (perfeitamente abismada!):
E quem costuma ganhar essa luta?
E o Principezinho responde-me:
A minha Alma.
Parece-me bem que não há professores, horas e horas de aulas ou calhamaços lidos até de madrugada que permitam que perante uma resposta destas não fiquemos assim:
(4.Novembro.2010)
5 comentários:
Estou como o Sebastião da história "A pequena Sereia", boquiaberto!
É incrível...
;-[*
Com este Post,ficamos com a certeza de que o R...... não é caso
único,tal imginação deixa-nos realmente espantados.
recebemos as mensagens que precisamos das maneiras mais inesperadas... os principezinhos têm um acesso directo às estrelas... adoro-te (-:
sem palavras
sem palavras... É impressionante a sabedoria do princepezinho
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