Quando fiz 30 anos dei comigo a comprar um creme anti-rugas. Hoje, acabo de o deitar no caixote do lixo.
Quero rugas, muitas, e não as quero apagar, pois elas são o sinal que há recomeços a nascer a cada instante e que estou viva e disposta a recebê-los.
É bom saber que daqui a dois meses faço 31 anos mas que fui a tempo de descobrir que também tenho vindo a sofrer de miopia emocional. É uma epidemia, mas a maior parte da população não sabe que sofre dela pois a miopia dá nisso mesmo.
Mais importante que isso, descobri que há uma cura!
1º Passo - Sentir internamente de forma genuína,
2º Passo - Ser autêntico e “despir-se” da sinceridade dissimulada para assim encontrar a clareza de espírito,
3º Passo - Reconhecer a perfeita inutilidade do orgulho postiço,
4º Passo - Quebrar esse orgulho em mil pedaços (Ui, difícil, mas tão libertador!!)
5º Passo - Abraçar a vulnerabilidade sem qualquer medo,
6º Passo - Olhar para a natureza e aprender com ela (ser como a árvore que deixa cair as folhas secas do passado para que estas adubem o chão onde as raízes preparam o futuro..),
7º Passo - Sentir Profunda Gratidão por todo este processo.
E o resto… bom, o resto ser-nos-á dado por acréscimo!
HOJE foi assim que FUI…
Subitamente, já não angustia não saber exactamente o que irá acontecer a seguir. Apenas interessa vibrar sofregamente com a certeza inabalável de que vale a pena ousar... nem que seja apenas para um dia olhar para trás e não ficar a pensar “E se…?”
27.Junho.2009 (23h:07m)
- Um dia que ficou tatuado na mente!
'Entrar. Fechar a porta. Dar atenção ao Silêncio. Descer ao Centro da Alma e lá encontrar a voz que dá sentido a tudo o que se faz.'
Tempo para ...
25.Junho.2003
Estou em Torres Vedras numa Formação quando recebo um telefonema a informar que a sardanisca já nasceu! Emociono-me sentada num banco de jardim e penso: “Uau! Como o tempo voou e ainda ontem a sentia na barriga da mãe!”.
25.Junho.2009
Hoje a sardanisca faz 6 anos!
Adora vir dormir a Peniche, é doida por almôndegas, ovos mexidos e puré de batata, rebola vezes sem conta na carpete lá de casa e adora fingir que somos as cantoras dos Abba!
É nestas alturas que entendo o Hemingway: "De todos os presentes da natureza para a raça humana, o que é mais doce para o homem do que as crianças?"
25.Junho.2015
Como será?
Não sei!
Mas nesta altura da vida só penso: Se o tempo é assim tão indomável, está a chegar a hora de encarar a Autenticidade de que vos falei noutro post e ……
(25.Junho.2009)
Estou em Torres Vedras numa Formação quando recebo um telefonema a informar que a sardanisca já nasceu! Emociono-me sentada num banco de jardim e penso: “Uau! Como o tempo voou e ainda ontem a sentia na barriga da mãe!”.
25.Junho.2009
Hoje a sardanisca faz 6 anos!
Adora vir dormir a Peniche, é doida por almôndegas, ovos mexidos e puré de batata, rebola vezes sem conta na carpete lá de casa e adora fingir que somos as cantoras dos Abba!
É nestas alturas que entendo o Hemingway: "De todos os presentes da natureza para a raça humana, o que é mais doce para o homem do que as crianças?"
25.Junho.2015
Como será?
Não sei!
Mas nesta altura da vida só penso: Se o tempo é assim tão indomável, está a chegar a hora de encarar a Autenticidade de que vos falei noutro post e ……
(25.Junho.2009)
Ain't no Mountain High Enough
Para quem se lê no silêncio, não são necessárias palavras, mas a música, essa é linguagem universal, e esta para mim... diz tudo.
Feliz Recomeço!
(24.Junho.2009)
Feliz Recomeço!
(24.Junho.2009)
Oração Sioux
"O espírito nunca nasceu, nunca cessará ou deixará de ser. Nunca houve um tempo em que não existiu. O fim e o princípio são sonhos. Sem nascimento, sem morte e sem mudanças, o espírito permanece eterno. Ainda que morra a sua morada, ele vive eternamente”.
(21.Junho.2009)
(21.Junho.2009)
Play
Há uma frase fabulosa do John Lennon em que ele diz que “A vida é o que acontece enquanto fazes planos”.
Pois nestes dias, o silêncio veio confirmar esta sábia mensagem.
Para quem não sabe, o título do último post “Silêncio” foi levado à letra. Ao contrário dos planos que tinha para ir festejar o Santo António, meti-me numa aventura bem maior.
Ouvi comentários como:
- “Tás louca, como vais conseguir?”
- “Olha.. ficou doida varrida!”
- “És mesmo tonta Lagartixa, porque te vais meter numa coisa dessas?!”
… mas afinal o que fui eu fazer?? pergunta quem não sabe! Alguma actividade radical tipo saltar de pára-quedas ou domar onças-pintadas na Amazónia?
Nada disso.
Fui lá para os lados de Sintra fazer um Retiro de Silêncio. Sim, isso mesmo. SILÊNCIO.
Desde as 22:01 de dia 9 de Junho até às 13:20 de dia 14.
Este espaço não vai ser para responder às vossas perguntas, mas acho importante repartir o que de mais importante trouxe na minha bagagem.
Partilhar tudo seria missão impossível, pois esta é daquelas experiências que só se entende quando se vive na Primeira Pessoa.
Apenas vos digo que quando “apenas” se Está, é possível sentir internamente.
Estando despidos daquilo que somos/temos, ficamos diante de quem então? De nós mesmos, ora pois.
Pois eu fiquei diante de duas personagens admiráveis que todos devíamos conhecer: a Autenticidade e a Liberdade.
A Autenticidade permite que nos olhemos cá dentro e consigamos ver que contrastes de luzes e sombras temos em nós. A isto o Grande Mestre que orientou o retiro (e o único com o dom da palavra!) chamou Exercício de Lucidez.
Nessa altura, elogiando a tristeza e a alegria, a noite é tão brilhante quanto o dia pois permite-nos questionar o pensávamos já ter garantido..
Isto custa, mas só assim poderemos recuperar o que ainda não temos e chegar à verdadeira Liberdade. Esta, que ganha agora um novo significado pois já não é só “fazer o que se quer” mas sim “querer o que se faz”.
Sabem quando vão ao médico fazer um check-up e ele vos pede para respirarem profundamente? Por norma, temos que forçar esse respirar profundo, sereno e tranquilo certo?
Pois nestes dias perdi a conta a quantas vezes esse suspiro genuíno brotou em mim, e isso, valeu por todas as palavras que nunca senti necessidade de dizer.
Pensei eu que o desafio deste Retiro seria ficar calada. Puro engano. O verdadeiro desafio começa agora, de volta à realidade, ao ruído, à Vida.
Que fique aqui registado o meu profundo sentimento de gratidão ao Mestre P. Carlos que nos soube tocar de forma tão simples mas intensa e nos levou à total entrega e confiança na alegria desta viagem.
Esta gratidão estende-se também aqueles e aquelas que torceram por mim nestes cinco dias, e especialmente à Shiné que partilhou comigo esta experiência. Alguém com quem foi afinal tão fácil manter o silêncio pois soube ler os meus olhares, reconheceu os meus sorrisos e me deixou beber “água do seu poço”.
E assim retorno à frase do Lennon “A vida é o que acontece enquanto fazes planos”.
Nestes cinco dias nada estava planeado e por isso é que tudo fez tanto sentido.
Para mim, foi o início do fim de uma identidade incompleta e o Recomeçar de outra…
PS: Acabo de carregar no “Play”…
(9-14 de Junho 2009)
Pois nestes dias, o silêncio veio confirmar esta sábia mensagem.
Para quem não sabe, o título do último post “Silêncio” foi levado à letra. Ao contrário dos planos que tinha para ir festejar o Santo António, meti-me numa aventura bem maior.
Ouvi comentários como:
- “Tás louca, como vais conseguir?”
- “Olha.. ficou doida varrida!”
- “És mesmo tonta Lagartixa, porque te vais meter numa coisa dessas?!”
… mas afinal o que fui eu fazer?? pergunta quem não sabe! Alguma actividade radical tipo saltar de pára-quedas ou domar onças-pintadas na Amazónia?
Nada disso.
Fui lá para os lados de Sintra fazer um Retiro de Silêncio. Sim, isso mesmo. SILÊNCIO.
Desde as 22:01 de dia 9 de Junho até às 13:20 de dia 14.
Este espaço não vai ser para responder às vossas perguntas, mas acho importante repartir o que de mais importante trouxe na minha bagagem.
Partilhar tudo seria missão impossível, pois esta é daquelas experiências que só se entende quando se vive na Primeira Pessoa.
Apenas vos digo que quando “apenas” se Está, é possível sentir internamente.
Estando despidos daquilo que somos/temos, ficamos diante de quem então? De nós mesmos, ora pois.
Pois eu fiquei diante de duas personagens admiráveis que todos devíamos conhecer: a Autenticidade e a Liberdade.
A Autenticidade permite que nos olhemos cá dentro e consigamos ver que contrastes de luzes e sombras temos em nós. A isto o Grande Mestre que orientou o retiro (e o único com o dom da palavra!) chamou Exercício de Lucidez.
Nessa altura, elogiando a tristeza e a alegria, a noite é tão brilhante quanto o dia pois permite-nos questionar o pensávamos já ter garantido..
Isto custa, mas só assim poderemos recuperar o que ainda não temos e chegar à verdadeira Liberdade. Esta, que ganha agora um novo significado pois já não é só “fazer o que se quer” mas sim “querer o que se faz”.
Sabem quando vão ao médico fazer um check-up e ele vos pede para respirarem profundamente? Por norma, temos que forçar esse respirar profundo, sereno e tranquilo certo?
Pois nestes dias perdi a conta a quantas vezes esse suspiro genuíno brotou em mim, e isso, valeu por todas as palavras que nunca senti necessidade de dizer.
Pensei eu que o desafio deste Retiro seria ficar calada. Puro engano. O verdadeiro desafio começa agora, de volta à realidade, ao ruído, à Vida.
Que fique aqui registado o meu profundo sentimento de gratidão ao Mestre P. Carlos que nos soube tocar de forma tão simples mas intensa e nos levou à total entrega e confiança na alegria desta viagem.
Esta gratidão estende-se também aqueles e aquelas que torceram por mim nestes cinco dias, e especialmente à Shiné que partilhou comigo esta experiência. Alguém com quem foi afinal tão fácil manter o silêncio pois soube ler os meus olhares, reconheceu os meus sorrisos e me deixou beber “água do seu poço”.
E assim retorno à frase do Lennon “A vida é o que acontece enquanto fazes planos”.
Nestes cinco dias nada estava planeado e por isso é que tudo fez tanto sentido.
Para mim, foi o início do fim de uma identidade incompleta e o Recomeçar de outra…
PS: Acabo de carregar no “Play”…
(9-14 de Junho 2009)
Silêncio
Banda sonora matinal...
Eis uma música que eu já não ouvia há bastante tempo e hoje (Que giro!), tocava no rádio quando vinha para o trabalho…
(8.Junho.2009)
(8.Junho.2009)
A Vida como um Filme
... A propósito do filme que vi hoje à tarde, aqui fica a banda sonora para a noite de hoje:
... e uma frase que 'por acaso' apanhei na net:
" O Futuro Pertence Àqueles Que Acreditam Na Beleza Dos Seus Sonhos." (Elleanor Roosevelt)
(7.Junho.2009)
... e uma frase que 'por acaso' apanhei na net:
" O Futuro Pertence Àqueles Que Acreditam Na Beleza Dos Seus Sonhos." (Elleanor Roosevelt)
(7.Junho.2009)
Semente
A Partir De Um Corpo Que Eu Invento
Teus Cabelos Livres São O Lento
Sopro De Vento
Dentro De Nós
Afastamento De Estarmos Sós
A Partir De Um Vento Que Eu Conheço
Teu Olhar Aberto É O Começo
Onde Amanheço
Onde Me Espero
Onde Anoiteço, Mas Quero
Mostrar Numa Canção
Meu Coração De Fogo E Ferro
Dizer De Uma Assentada Toda A Palavra Desejada
A Partir Do Corpo Da Verdade
Invento Meu Amor Minha Saudade
Copo De Vento
Fome De Vinho
Pão De Centeio E Tormento
Barrado Com Amizade
E Amassado Com Sofrimento
Semente De Amor Verdade
Por Resistir Ou Por Morrer
Mostrar Numa Canção
Toda A Palavra Por Dizer
Semente Lançada Ao Chão
Por Resistir Ou Por Morrer.
(Mais uma vez o grande Ary dos Santos)
Teus Cabelos Livres São O Lento
Sopro De Vento
Dentro De Nós
Afastamento De Estarmos Sós
A Partir De Um Vento Que Eu Conheço
Teu Olhar Aberto É O Começo
Onde Amanheço
Onde Me Espero
Onde Anoiteço, Mas Quero
Mostrar Numa Canção
Meu Coração De Fogo E Ferro
Dizer De Uma Assentada Toda A Palavra Desejada
A Partir Do Corpo Da Verdade
Invento Meu Amor Minha Saudade
Copo De Vento
Fome De Vinho
Pão De Centeio E Tormento
Barrado Com Amizade
E Amassado Com Sofrimento
Semente De Amor Verdade
Por Resistir Ou Por Morrer
Mostrar Numa Canção
Toda A Palavra Por Dizer
Semente Lançada Ao Chão
Por Resistir Ou Por Morrer.
(Mais uma vez o grande Ary dos Santos)
Para os seguidores na idade dos Porquês!
Recentemente tenho ouvido alguns comentários como:
- “Ó Lagartixa, os teus posts andam muito filosóficos!”
- “Hum... Acho que andas a pensar demais!”
- “Já não percebo nada daquilo que escreves no teu blog!”
- “Olha… Andas a pensar demais, em vez disso, começa a comer batatas!”
- “Que se passa contigo Lagartixa, os teus posts não fazem sentido nenhum pá!”
- “Mas afinal o que quer dizer isto de estares em “Rewind”?!?”
Pois bem, não que este post seja uma resposta às questões dos meus fiéis seguidores, mas deixo-vos uma questão:
Já pensaram que alguém continuamente satisfeito com a vida e com o mundo provavelmente nunca se irá esforçar para progredir seja no que for?
Pois eu penso nisto, e por isso escolho não ser uma caminhante com insensibilidade à dor nem tão pouco ter adormecidas memórias, emoções, medos e angústias.
Estão a ver esta imagem? É a que hoje está estampada na minha mente! (Não te preocupes pai, não vou fazer dela mais outra tatugaem ;P)
É uma figura formada por dois ideogramas chineses e expressa um conceito simples: os momentos de crise contêm as sementes de novas oportunidades. O caracter superior, wei, significa "arriscar", enquanto o inferior, ji, quer dizer "ocasião, oportunidade".
Se calhar os meus posts não são para entender, mas se vos fizerem reflectir, eu já fico muito satisfeita!
Posto isso, lanço à terra o próximo post: Semente!
- “Ó Lagartixa, os teus posts andam muito filosóficos!”
- “Hum... Acho que andas a pensar demais!”
- “Já não percebo nada daquilo que escreves no teu blog!”
- “Olha… Andas a pensar demais, em vez disso, começa a comer batatas!”
- “Que se passa contigo Lagartixa, os teus posts não fazem sentido nenhum pá!”
- “Mas afinal o que quer dizer isto de estares em “Rewind”?!?”
Pois bem, não que este post seja uma resposta às questões dos meus fiéis seguidores, mas deixo-vos uma questão:
Já pensaram que alguém continuamente satisfeito com a vida e com o mundo provavelmente nunca se irá esforçar para progredir seja no que for?
Pois eu penso nisto, e por isso escolho não ser uma caminhante com insensibilidade à dor nem tão pouco ter adormecidas memórias, emoções, medos e angústias.
Estão a ver esta imagem? É a que hoje está estampada na minha mente! (Não te preocupes pai, não vou fazer dela mais outra tatugaem ;P)
É uma figura formada por dois ideogramas chineses e expressa um conceito simples: os momentos de crise contêm as sementes de novas oportunidades. O caracter superior, wei, significa "arriscar", enquanto o inferior, ji, quer dizer "ocasião, oportunidade".
Se calhar os meus posts não são para entender, mas se vos fizerem reflectir, eu já fico muito satisfeita!
Posto isso, lanço à terra o próximo post: Semente!
Post para quem o quiser apanhar...!
Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra ,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga "Isso é meu",
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.
Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.
Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar".
Para quem não sabe, é um Poema de Victor Hugo que inspirou a letra da música que deu nome a este blog! Bonito não é?
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra ,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga "Isso é meu",
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.
Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.
Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar".
Para quem não sabe, é um Poema de Victor Hugo que inspirou a letra da música que deu nome a este blog! Bonito não é?
Finalmente a noite do Bowling!
Pergunta: O que fazer depois de uma semana sobejamente recheada de stress laboral?
Resposta: Jantarada com pessoal do trabalho (irónico eu sei!) e a seguir… Bowling!
Na primeira rodada a Lagartixa ficou em último mas divertiu-se a valer!
Na segunda, levou a coisa mais a sério e seguiu o conselho de alguns colegas (ooops, camaradas!)
- "Se empinares rabo é melhor!"
Pois! Parece que é esse o segredo pois da primeira vez os pins foram logo todos ao chão!! Nos entretantos parti uma unha e fiquei em segundo lugar! Yeah!
5.Junho.2009
Resposta: Jantarada com pessoal do trabalho (irónico eu sei!) e a seguir… Bowling!
Na primeira rodada a Lagartixa ficou em último mas divertiu-se a valer!
Na segunda, levou a coisa mais a sério e seguiu o conselho de alguns colegas (ooops, camaradas!)
- "Se empinares rabo é melhor!"
Pois! Parece que é esse o segredo pois da primeira vez os pins foram logo todos ao chão!! Nos entretantos parti uma unha e fiquei em segundo lugar! Yeah!
5.Junho.2009
AC/DC.. o rescaldo!
À saída de Peniche para rumar a Lisboa e ir ver o concerto dos AC/DC muitas pessoas me disseram “Diverte-te!”… eu agradeço o conselho, mas sinto que ir a um concerto de uma banda da qual gostamos, ainda por cima um concerto de estádio (como infelizmente já se fazem poucos) é um fenómeno que, para a Lagartixa, ultrapassa a mera diversão!
Muitas vezes as pessoas perguntam o que há de tão especial em ir assistir a concertos. Eu não consigo explicar, apenas sei que adoro:
… O chegar, o ver uma multidão de caras desconhecidas mas saber que há ali algo que nos une,
… O entrar no estádio e sentir a energia de quem já lá está,
… O aguardar com impaciência o início do concerto,
… O fenómeno “Onda” onde 50 mil estranhos se unem para criar um todo cuja energia é indescritível mas se sente e vibra dentro de nós!
… O momento onde as luzes se apagam e, sem combinar, uma multidão imensa se une num bramido de prazer, braços que se levantam e a adrelanina a subir em flecha!
Depois, os primeiros acordes… e todos os nossos sentidos em alerta total para absorver tudo!
A energia de 50 mil pessoas em delírio é mesmo difícil de descrever! Eu absorvi toda a que pude, e olhando para uma Lua que espreitava curiosa, partilhei-a com alguém!
Imagens que ficam na memória…
- Ao som da música War Machine, uma animação que retrata uma guerra onde dos aviões não caem bombas, mas sim guitarras! Amei pois acredito na mensagem subliminar… A música é de facto uma arma… e bem poderosa!
- Os solos intermináveis de um Angus Young por entre piruetas, confettis, fogo de artifício e a sua imagem de marca: o calção e a peúga branca! Ele deve ser o único gajo do mundo onde a peúga branca não choca. Antes pelo contrário, dá-lhe grande pinta! :P
Enfim, como li numa crítica hoje de manhã, foi um concerto “grandioso ao nível dos decibéis e arrasador na hora de atirar à baliza!!”
No regresso a Peniche, o meu piloto automático enganou-se e fui parar a uma rua que não a minha!
Motivo?
Acaso ou engano (para quem acredita nisso)...
... ou então um inconsciente a necessitar de depositar boas energias no colo de alguém que merecia uma noite tranquila!
Muitas vezes as pessoas perguntam o que há de tão especial em ir assistir a concertos. Eu não consigo explicar, apenas sei que adoro:
… O chegar, o ver uma multidão de caras desconhecidas mas saber que há ali algo que nos une,
… O entrar no estádio e sentir a energia de quem já lá está,
… O aguardar com impaciência o início do concerto,
… O fenómeno “Onda” onde 50 mil estranhos se unem para criar um todo cuja energia é indescritível mas se sente e vibra dentro de nós!
… O momento onde as luzes se apagam e, sem combinar, uma multidão imensa se une num bramido de prazer, braços que se levantam e a adrelanina a subir em flecha!
Depois, os primeiros acordes… e todos os nossos sentidos em alerta total para absorver tudo!
A energia de 50 mil pessoas em delírio é mesmo difícil de descrever! Eu absorvi toda a que pude, e olhando para uma Lua que espreitava curiosa, partilhei-a com alguém!
Imagens que ficam na memória…
- Ao som da música War Machine, uma animação que retrata uma guerra onde dos aviões não caem bombas, mas sim guitarras! Amei pois acredito na mensagem subliminar… A música é de facto uma arma… e bem poderosa!
- Os solos intermináveis de um Angus Young por entre piruetas, confettis, fogo de artifício e a sua imagem de marca: o calção e a peúga branca! Ele deve ser o único gajo do mundo onde a peúga branca não choca. Antes pelo contrário, dá-lhe grande pinta! :P
Enfim, como li numa crítica hoje de manhã, foi um concerto “grandioso ao nível dos decibéis e arrasador na hora de atirar à baliza!!”
No regresso a Peniche, o meu piloto automático enganou-se e fui parar a uma rua que não a minha!
Motivo?
Acaso ou engano (para quem acredita nisso)...
... ou então um inconsciente a necessitar de depositar boas energias no colo de alguém que merecia uma noite tranquila!
Dia Mundial da Criança...
Feliz Aniversário à criança que hoje cumpre 59 anos e que nem sempre consegue exprimir com palavras certas e acções certeiras o que sente, mas sei que no fundo reconhece quem sou, quando me chama de “……..” um nome carinhoso e que fica só entre nós!
Esse alguém tem defeitos e qualidades como todos nós, e se calhar nem sempre se apercebe do valor que dou às bonitas memórias que já tivemos juntos. Só para nomear algumas delas, foi esta criança que:
… me aguçou desde cedo o paladar pelas melodias e inspirou o meu amor à música,
… me fez um microfone de madeira personalizado só para eu libertar a “péssima” cantora que havia em mim,
… me levava ao jardim e juntos baptizávamos todos os peixes que existiam no lago,
… me “obrigou” a ir a Londres mostrar-lhe a cidade da qual me ouviu falar durante anos (podes obrigar outra vez que eu não me importo! :)
... Que me fez uma surpresa inesquecível ao som desta música…
... que hoje é dedicada a ti! Parabéns!
(1.Junho.2009)
Esse alguém tem defeitos e qualidades como todos nós, e se calhar nem sempre se apercebe do valor que dou às bonitas memórias que já tivemos juntos. Só para nomear algumas delas, foi esta criança que:
… me aguçou desde cedo o paladar pelas melodias e inspirou o meu amor à música,
… me fez um microfone de madeira personalizado só para eu libertar a “péssima” cantora que havia em mim,
… me levava ao jardim e juntos baptizávamos todos os peixes que existiam no lago,
… me “obrigou” a ir a Londres mostrar-lhe a cidade da qual me ouviu falar durante anos (podes obrigar outra vez que eu não me importo! :)
... Que me fez uma surpresa inesquecível ao som desta música…
... que hoje é dedicada a ti! Parabéns!
(1.Junho.2009)
E há voz neste silêncio...
Por momentos fui apenas uma lagartixa grudada numa parede. Fixa, imóvel e sem forças para sair do branco que era a incerteza e não a tranquilidade.
Há momentos assim, e depois, um instante de “Pause” com um “rapto” inesperado até à Foz do Arelho. Obrigada!
De regresso, sinto que faz falta uma fusão com a natureza: desaparecer como um pôr-do-sol para no dia seguinte nascer de novo, ser grande e revolto como o mar para revirar a imensidão de ruído que por vezes nos atormenta.
E quando esse ruído é apenas silêncio?...
E quando uma voz chega muda do outro lado da linha?
… Ali se fica, imóvel, incapaz de interpretar aquilo que não se ouviu, até que uma borboleta nos pousa no ombro.
Esta borboleta traz consigo luz, incenso, chá quente, conforto, e sob o olhar atento da lua, as estrelas tornaram-se cúmplices cintilantes desta partilha e cumplicidade e aplaudiram a lição de hoje: por vezes é preciso primeiro perder para depois encontrar.
Nós já aprendemos, e os outros?
Para eles, fica o mais importante da mensagem deste extraordinário poema de Ary dos Santos
“Em nome dos que choram,
Dos que sofrem,
Dos que acendem na noite o facho da revolta
E que de noite morrem
Com a esperança nos olhos e arames em volta.
Em nome dos que sonham com palavras
De amor e paz que nunca foram ditas,
Em nome dos que rezam em silêncio
E falam em silêncio
E estendem em silêncio as duas mãos aflitas.
Em nome dos que pedem em segredo
A esmola que os humilha e os destrói
E devoram as lágrimas e o medo
Quando a fome lhes dói.
Em nome dos que dormem ao relento
Numa cama de chuva com lençóis de vento
O sono da miséria, terrível e profundo.
Volta outra vez ao mundo!”
Há momentos assim, e depois, um instante de “Pause” com um “rapto” inesperado até à Foz do Arelho. Obrigada!
De regresso, sinto que faz falta uma fusão com a natureza: desaparecer como um pôr-do-sol para no dia seguinte nascer de novo, ser grande e revolto como o mar para revirar a imensidão de ruído que por vezes nos atormenta.
E quando esse ruído é apenas silêncio?...
E quando uma voz chega muda do outro lado da linha?
… Ali se fica, imóvel, incapaz de interpretar aquilo que não se ouviu, até que uma borboleta nos pousa no ombro.
Esta borboleta traz consigo luz, incenso, chá quente, conforto, e sob o olhar atento da lua, as estrelas tornaram-se cúmplices cintilantes desta partilha e cumplicidade e aplaudiram a lição de hoje: por vezes é preciso primeiro perder para depois encontrar.
Nós já aprendemos, e os outros?
Para eles, fica o mais importante da mensagem deste extraordinário poema de Ary dos Santos
“Em nome dos que choram,
Dos que sofrem,
Dos que acendem na noite o facho da revolta
E que de noite morrem
Com a esperança nos olhos e arames em volta.
Em nome dos que sonham com palavras
De amor e paz que nunca foram ditas,
Em nome dos que rezam em silêncio
E falam em silêncio
E estendem em silêncio as duas mãos aflitas.
Em nome dos que pedem em segredo
A esmola que os humilha e os destrói
E devoram as lágrimas e o medo
Quando a fome lhes dói.
Em nome dos que dormem ao relento
Numa cama de chuva com lençóis de vento
O sono da miséria, terrível e profundo.
Volta outra vez ao mundo!”
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