Amor tranquilo com sabor a fruta mordida

Alguns amigos (sobretudo amigAs), me têm questionado sobre o ‘bello Antonio' opinando que a Lagartixa devia ter perdido a cabeça, a cauda, as quatro patas por este fiorentino giraço! Aqui fica a resposta da Lagartixa, que não perdeu rigorosamente nada, muito menos a sua Autenticidade.

Gosto da palavra Paixão: é quente, ruidosa, arrebatadora, intensa, porém, tem prazo de validade. A minha palavra é Amor, e esse é Eterno.

É a Paz e Serenidade de encostar a cabeça num peito aconchegado que me faça sentir que ali é o lugar mais seguro do mundo.

Li um dia que a paixão é um vendaval e que o Amor é uma varanda onde se aprecia o pôr-do-sol com o coração a sorrir.
Alguns (algumAs) dirão:

‘Mas Lagartixa, tu moras em Peniche e aí há muito vento!’

É verdade, mas haja paciência.....



..... e também estarei em Peniche, numa varanda, onde voltarei a saborear

‘… um amor tranquilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo o amor que houver nessa vida
E algum trocado para dar garantia

E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Para poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia
Ser teu pão, ser tua comida
Todo o amor que houver nessa vida
E algum veneno anti-monotonia

E se eu achar a sua fonte escondida
Te alcance em cheio o mel e a ferida
E o corpo inteiro feito um furacão
Boca, nuca, mão, e a tua mente, não
Ser teu pão, ser tua comida
Todo o amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria’

(Frejat)

(2.Outubro.2009)